sexta-feira, 19 de julho de 2013

Neobarroco estudantil



Eu estava conversando com uns amigos hoje e o assunto era a prova de inorganica e aquela coisa de: me matei de estudar, mas a cama tava me chamando. E, como tudo é mais interessante que revisar materia, surgiu um pensamento meio literario. 

A Ana Carolina, minha linda professora de literatura sincera ao mais extremo, disse que no periodo barroco o homem estava sempre em conflito, o conflito entre os prazeres carnais e o que é certo. No caso da epoca, o certo era a Igreja e todo o resto que o homem queria fazer e a Igreja não deixava, bom, a Igreja não deixava. Enfim, o homem era um tanto quanto culpado com medo de ir pro inferno. 

Dai surgiu o pensamento de que nós estamos no neobarroco. Não me chamem de louca, só sigam o raciocinio. 

A todo o tempo somos postos à prova, testes, seminarios, relatórios e tudo quanto é obrigação que é imposta à gente. E, junto com as obrigações, tem aquele sentimento de 'eu poderia estar fazendo algo melhor, mais divertido' que deixa sempre aquela pulga atras da orelha. Mas se não cumprir com a obrigação, o que será do seu futuro ? 

Sim, o capitalismo (o qual não sou contra, deixando claro) nos impôs que devemos estudar, para termos chance de arranjar um bom trabalho e trabalhar para ganhar dinheiro e se sustentar, alem de trabalhar bastante para ganhar mais dinheiro para ficar confortável. Se deixarmos de estudar para aquela prova, não estaremos seguindo esse certo e quem sabe no futuro seremos castigados? Eu não quero passar fome e nem ver algo que goste mas não possa comprar, você quer ? 

Assim, fica aquela culpa de sair do protocolo, mas a felicidade por ter feito algo que realmente foi interessante (ou só mesmo relaxante). Posso dizer que me considero no neobarroco, na constante culpa de fazer o certo ou se divertir mais com o medo disso me custar algo no futuro. Esse bendito futuro.  

                                                                                    See you soon.